quinta-feira, janeiro 31, 2008

Justiça proíbe carro alegórico que faz alusão ao Holocausto no Rio

da Folha Online

A Justiça do Rio proibiu nesta quinta-feira a escola de samba Viradouro de desfilar com um carro alegórico que faz alusão ao Holocausto. O carro apresenta vários corpos empilhados em alusão aos campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

O pedido de proibição foi feito pela Fierj (Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro) durante o plantão judiciário (das 18h às 11h) e acatado pela juíza Juliana Kalichsztein. Em sua decisão, a juíza impõe multa de R$ 200 mil para a escola se o carro desfilar.

Segundo o advogado Ricardo Brajterman, da Fierj, a federação já havia tentado, em conversas anteriores, convencer a Viradouro a desistir da idéia ou colocar uma mensagem de advertência, como "Holocausto nunca mais" no carro. "Mas a escola silenciou", disse Brajterman.

"Por volta das 23h ficamos sabendo que o carro traria um destaque vestido de [Adolf] Hitler. Imagine Hitler sambando à frente dos judeus e poloneses e outras vítimas do Holocausto mortas", disse o advogado. "O Carnaval não é uma festa sensual. Não é o espaço certo para a discussão desse tema".

A decisão da juíza também prevê multa de mais R$ 50 mil se algum membro da escola entrar na avenida vestido de Hitler.

O desfile da Viradouro, "É de arrepiar", estava previsto para levar à avenida oito carros, segundo a sinopse dos desfiles divulgada pela Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio). Além do Holocausto, os carros trariam temas supostamente ligados ao arrepio, como o frio, o nascimento e o Kama Sutra --tema de um carro que viria antes do carro sobre a matança de judeus--, e baratas, que viria depois.

A reportagem entrou em contato com a Viradouro em cinco número de telefone diferentes, mas os recados não foram respondidos até a tarde de hoje.

domingo, janeiro 27, 2008

dicionário

centelha

{verbete}
Datação
sXIV cf. IVPM

Acepções
■ substantivo feminino
1 partícula ígnea ou iluminada que salta de um corpo em brasa; fagulha, faísca
2 luz forte que surge do choque entre dois corpos duros, ou de um corpo eletrizado
3 Derivação: por extensão de sentido.
o que brilha por um breve momento
4 Derivação: por metáfora.
inspiração ou intuição súbita; lampejo
Ex.: a c. do amor
5 Derivação: por metáfora.
o espírito humano; razão, entendimento
6 Rubrica: eletricidade.
descarga elétrica entre dois elétrodos mantidos a uma diferença de potencial elevada, e que é precedida da ionização do caminho que será seguido pela mesma [Uma centelha é, em geral, acompanhada pela emissão de luz e som.]


Etimologia
cast. centella (1251) 'chispa', do lat. scintìlla,ae 'faísca (de fogo), chispa, fagulha, ponto luzente (de uma pedra)'; JM propõe o étimo lat. *scintillea, de scintilla; ver cintil-; f.hist. sXIV celtella, sXIV cetella

Sinônimos
chispa, cintilação, choina, fagulha, faísca, faúla, faúlha, fona, lampejo; ver tb. sinonímia de inspiração

Homônimos
centelha /ê/ (fl.centelhar)

Após a morte de Heath Ledger, situação fica delicada para a Warner

LOS ANGELES, 25 Jan 2008 (AFP) - A morte de Heath Ledger coloca o grande estúdio de cinema Warner Bros em uma situação delicada para promover o próximo "Batman", que tem o ator australiano interpretando um dos personagens principais, afirmam os especialistas da sétima arte.

AP
Heath Ledger em frente ao Cinema Palace durante o festival de Veneza (2004)

Desde antes do anúncio da morte do ator, constatada na terça-feira em seu apartamento em Nova York, o frenesi já havia se instalado em Hollywood em torno de sua atuação em "O Cavaleiro das Trevas", o sexto episódio das aventuras do super-herói, em que vive o vilão Coringa.

Os primeiros trailers e cartazes do filme, cuja estréia está prevista para julho nos Estados Unidos, mostram um Ledger irreconhecível sob uma maquiagem horripilante e parecem indicar que o ator, indicado ao Oscar em 2006 por "O segredo de Brokeback Mountain", deu ao personagem uma dimensão sem precedente.

Segundo os analistas de Hollywood, a espera por "O Cavaleiro das Trevas" vai se intensificar em razão da curiosidade mórbida do público, ansioso em ver Ledger em seu último papel.

Mas a morte do ator aos 28 anos impõe também à Warner o problema de como comercializar este filme, dotado de um orçamento de 150 milhões de dólares, sem dar a impressão de tirar proveito desta tragédia.

"A Warner se encontra em uma posição difícil. Eles queriam antes do ocorrido tirar proveito dos bons comentários em torno da performance de Heath", explica à AFP Jeff Bock, da empresa Exhibitor Relations, que analisa a cada semana as bilheterias americanas. "Mas agora será preciso efetuar uma guinada de 180 graus".

Há precedentes na história do cinema de filmes que estrearam após as mortes de suas jovens estrelas, principalmente "Assim Caminha a Humanidade", com James Dean, em 1956 e "O Corvo", com Brandon Lee, em 1994.

Segundo Bock, Warner terá "de um lado que prestar homenagem a Heath, mas por outro, este será um dos maiores filmes do verão". "Batman é uma das maiores marcas em Hollywood, é uma franquia que rende 1,6 bilhão de dólares" desde 1989, lembra.

Para Lew Harris, editor chefe do site especializado Movies.com, o estúdio vai sem dúvida retirar a imagem de Ledger dos cartazes do filme, e substituí-los pela de Christian Bale, que vive o super-herói desde "Batman Begins", de 2005.

"Acho que o estúdio será muito prudente e não vai querer levantar suspeitas de que tentará tirar proveito da tragédia de uma forma ou de outra", explica Harris à AFP: "causaria consternação ver as imagens do Coringa vivido por Heath Ledger em outdoors ou pontos de ônibus".

A Warner ainda não indicou qual será sua estratégia.

Mas Stuart Levine, redator chefe adjunto da influente revista Variety, considera que retirar completamente Ledger da campanha de promoção seria um erro: "Neste filme, as pessoas vão querer ver como Heath Ledger interpreta o Coringa", disse. "Os trailers de 'O Cavaleiro das Trevas' foram muito interessantes. A imagem de seu rosto é de tirar o fôlego", disse.

Um alto funcionário de um estúdio rival da Warner também considerou que mudar a estratégia de comercialização do filme seria um erro.

"A melhor coisa que pode acontecer é que este marketing continue e que a campanha não se transforme em uma estranha cerimônia fúnebre", declarou ao Wall Street Journal, sob anonimato.

Bock ressalta, por sua vez, que "O Cavaleiro das Trevas" será de qualquer maneira marcado por um "sentimento de melancolia", ao contrário do que deveria ser um filme de grande orçamento para o verão.

quarta-feira, janeiro 16, 2008

Brasil apresenta seu primeiro trem de luxo, que rodará Sul e Sudeste

De São Paulo

O primeiro trem de luxo do Brasil será apresentado na Bolsa de Turismo de Lisboa --a mais importante feira do setor em Portugal, que acontece de quarta-feira a 20 de janeiro--, anunciaram os organizadores.

O Great Brazil Express será apresentado no pavilhão da Embratur (Empresa Brasileira de Turismo) e da rede hoteleira portuguesa Pestana, parceiras no projeto, e é resultado de uma associação da empresa brasileira Serra Verde Express (do grupo HigiServ) com a belga Transnico International.

O trem é parte de um pacote turístico que inclui passagem por 12 cidades brasileiras, nas regiões Sul e Sudeste do país, em uma viagem de oito ou dez dias.

Os turistas percorrerão de trem as cidades de Castro, Cascavel, Guarapuava, Irati, Ponta Grossa, Morretes e Piraquara, no Paraná. Por avião e ônibus, serão visitadas ainda Curitiba, Antonina, Tibagi e Foz do Iguaçu, além da cidade do Rio de Janeiro.

A projeção dos organizadores é de que o novo circuito turístico vai atrair cerca de 2.000 turistas estrangeiros por ano.

O pacote turístico custará aos estrangeiros o equivalente a US$ 3.500, incluindo todas as despesas, como transporte aéreo no Brasil, hospedagem e alimentação, exceto o bilhete internacional.

A comercialização do pacote no exterior está sendo feita pela Transnico International, operadora referência em programas turísticos em trens de luxo.

MP pede o fechamento do Masp por falta de segurança para visitantes e funcionários

Da Redação
Em São Paulo


O Ministério Público de São Paulo entrou com uma ação civil pública pedindo à Justiça o fechamento do Masp (Museu de Arte de São Paulo) por conta da ausência de alvarás de funcionamento e atestado de vistoria do Corpo de Bombeiros. De acordo com a ação, há "risco iminente à vida e à saúde dos freqüentadores do museu, bem como ao inigualável patrimônio histórico e cultural que representa o acervo da instituição".

Uma vistoria técnica foi feita pelo Corpo de Bombeiros no dia 3 de janeiro, quando o museu ainda estava fechado devido ao furto das obras "O Retrato de Suzanne Bloch", de Pablo Picasso, e "O Lavrador de Café", de Candido Portinari. Foi verificada a ausência de hidrantes e sinalizações de emergência e inconformidades quanto a saídas de emergência e corrimãos de escadas. O Masp foi reaberto no último dia 11.

No dia 28 de dezembro, ocorreu uma visita do Contru (Departamento de Controle do Uso de Imóveis). Para o órgão, os extintores de incêndio existem "em numero insuficiente, localização inadequada e sem sinalização", e não há brigada de combate a incêndio ou portas corta-fogo. Mesmo assim, o Contru avaliou as condições de segurança como regulares, embora precisem de "atenção e providências por parte dos responsáveis".

O documento do MP, assinado pela promotora Mariza Tucunduva, afirma ainda que a prefeitura de São Paulo "se omite quanto ao cumprimento do comando constitucional" de "fiscalização das condições das edificações".

A promotora pede o fechamento de todas as atividades do Masp até que sejam atendidas as exigências de segurança do Corpo de Bombeiros, do Contru e da Secretaria da Habitação e Desenvolvimento Urbano, o que ocorreria com a emissão da licença de funcionamento. O MP ainda requer uma multa diária de R$ 60 mil em caso de descumprimento da ordem judicial.

Outro lado
O Masp divulgou uma nota comentando a ação do Ministério Público. Veja a íntegra abaixo:

"O Conselho Deliberativo do MASP em reunião permanente desde o furto das obras, já recuperadas, foi hoje surpreendido por notícia divulgada pela mídia de uma solicitação do Ministério Publico à Justiça de fechamento do Museu e transferência imediata do seu acervo em função de supostas condições inadequadas de segurança.

Estamos tomando as atitudes judiciais necessárias, porém sentimo-nos na obrigação de esclarecer à imprensa e à opinião pública sobre este fato inusitado: .

1. Quanto às questões de segurança contra furto já foram tomadas todas as medidas e o Museu hoje, com certeza, é o mais seguro deste país.

2. Em relação às questões aventadas no pedido do Ministério Público sobre segurança dos visitantes e de prevenção de incêndio, temos tido contatos com o CONTRU, com quem assinamos em 09 de janeiro de 2008 um Termo de Ajuste e Obrigações para aprimoramento, com prazos definidos, que estão sendo rigorosamente cumpridos.

3. Estamos, portanto, absolutamente tranqüilos quanto às questões de segurança e seu cumprimento. Não entendemos a atitude do Ministério Publico - esta sim pondo em risco o precioso Acervo do MASP - sem levar em conta o Termo de Ajuste celebrado com o CONTRU e as medidas de segurança já tomadas. Confiamos na serenidade da Justiça de São Paulo para analisar o fato."

Chininha admite presença de traficantes na Mangueira


Talita Figueiredo, especial para a AE
Do Rio


A presidente da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, Eli Gonçalves, a Chininha, admitiu hoje que traficantes freqüentam a quadra da escola, em depoimento ao delegado Márcio Caldas, da 17ª Delegacia de Polícia. De acordo com o depoimento, ela disse que esses traficantes eram meninos que ela viu crescer e que não vendiam drogas dentro da escola.

Chininha disse ainda que não tinha conhecimento da existência de uma passagem secreta de um camarote da bateria para uma casa contígua à quadra, já que assumiu a presidência há uma semana. O ex-presidente da bateria, Ivo Meirelles, voltou a afirmar que a casa era usada para guardar equipamentos dos músicos e que não era rota de fuga de traficantes.

Chininha assumiu a presidência da escola há pouco mais de um mês, quando Percival Pires, o Perci, renunciou ao cargo depois de ter sido revelado que ele prestou uma homenagem ao traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e à mulher, Jaqueline da Costa, na ocasião do casamento deles. Poucos dias depois, Meirelles pediu afastamento da bateria numa confusão com a escolha da rainha de bateria da escola. Foi Meirelles quem comprou a casa ao lado da quadra, que, segundo a polícia, poderia ser usada como rota de fuga.

terça-feira, janeiro 15, 2008

Governo lança cartilha para orientar brasileiros que vão viver no exterior


Da Redação
Em São Paulo


A cartilha 'Brasileiros no Exterior, Informações Úteis' foi lançada nesta terça-feira, em Brasília, com o objetivo de orientar os brasileiros que pretendem emigrar para outros países. A informação é do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego).

A publicação, que tem 72 páginas e tem distribuição gratuita, alerta os emigrantes para os principais problemas que podem ocorrer na saída ou na volta ao Brasil, bem como na chegada ou na estada em outro país.

O material orienta o emigrante sobre políticas migratórias, as vacinas exigidas pelos outros países, seu sistema de saúde, os tipos de vistos que podem ser concedidos e a validade de cada um, o perigo de entrar clandestinamente no país, a atenção às propostas de emprego, os órgãos que devem ser procurados em caso de emergência, as dificuldades mais comuns, e conselhos e depoimentos de brasileiros residentes no exterior.

O informe poderá ser encontrado em aeroportos, associações de brasileiros no exterior, postos de expedição de passaporte, órgãos públicos, entre outros locais. A tiragem inicial será de cem mil exemplares.

Movimento migratório
De acordo com dados do MRE (Ministério das Relações Exteriores), cerca de quatro milhões de brasileiros vivem atualmente no exterior, sendo a maioria composta por trabalhadoras e trabalhadores.

Por conta disso, o Governo considera útil esclarecer sobre os direitos e deveres dos migrantes e suas familias, bemo como dos riscos da migração irregular.

O material, lançado hoje pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, foi elaborado em parceria com ministérios e diversas instituições e entidades que atuam em temas vinculados aos trabalhadores brasileiros migrantes. A publicação reúne, por exemplo, informações pontuais de órgãos como o MTE, MEC (Ministério da Educação), MS (Ministério da Saúde), MJ (Ministério da Justiça), MRE (Ministério das Relações Exteriores), MPS (Ministério da Previdência Social), SEDH (Secretaria Especial de Direitos Humanos), IMDH (Instituto Migrações e Direitos Humanos), entre outros.

A elaboração da cartilha também contou com a participação da sociedade civil que, por meio de uma consulta pública, encaminhou ao MTE sugestões e críticas sobre o tema. Com o trabalho, foram recebidas cerca de 300 propostas, sendo que diversas delas foram acatadas e incorporadas ao texto final.

China não é a nova Ibiza@rraul.com

DJs e promoters locais negam o hype criado em torno da cultura clubber do país

Recentemente, o DJ inglês Paul Oakenfold disse ao Observer que, “nesse momento, não há lugar mais empolgante que a China” quando o assunto é cultura noturna. Para o promoter chinês Neebing, porém, o hype não convence. “Não há uma cena musical verdadeira aqui, e a cultura clubber é só uma parte do negócio do entretenimento, da mesma maneira que as zonas de baixo meretrício e os centros de massagem”.

“Os DJs superstars realmente são bem pagos e servidos com champanhe, mimos e literalmente tudo que eles querem. Mas como clubes undergrounds não podem bancar o cachê, eles sempre tocam em lugares grandes e comerciais, onde só ricos freqüentam. Esses clubes têm pistas minúsculas e todos ficam sentados nas mesas bebendo uísque. Tiesto, Armin Van Buuren e Paul Van Dyk tocam nessas casas, mas as pessoas só conseguem mexer o corpo do lado das mesas”, disse Neebing ao rraurl.com.

O DJ chinês Calvin Z, responsável pela programação dos super clubes G Plus em Shanghai e Hangzhou, concordou que a cena local ainda tem muito a desenvolver. “Há anos atrás eu lembro de pensar que a cena poderia ficar melhor depois de alguns anos, mas ela não mudou em nada”, disse Calvin.

Segundo a revista inglesa DJ Mag, muitos dos votos para sua última votação dos 100 melhores DJs do mundo vieram da China. O fato fez com que o Publisher, Jason Robertson, fizesse a previsão de que o “mercado para música eletrônica está mudando para o exterior”. Apesar disso, Jacky - colega de Calvin no G Plus - disse que questões práticas para DJs locais continuam um problema. “Se tornou mais fácil comprar equipamento para discotecar, mas ainda é difícil comprar música, particularmente vinil. De fato, havia poucos clubes por aqui até recentemente”.

Apesar da desilusão com a cena atual, Neebing abriu recentemente seu próprio clube, o Song, em Pequim. Além de oferecer serviço de bar, a casa conta também com uma pista de dança espaçosa e um sistema de som poderoso. “A China precisa de mais visitantes e de mais pessoas gastando dinheiro. Então você vê mais e mais bares e clubes abrindo”.

“Alguns DJs daqui estão começando a seguir os passos de gente como Richie Hawtin, que é um ídolo. O minimal techno é extremamente popular aqui. Pelo menos entre clubbers que não são estúpidos suficiente para seguir essa coisa dos 100 melhores DJs”, disse.

sábado, janeiro 12, 2008

Monty Python não seria admitido na TV hoje, diz Terry Jones

Por Henrique Almeida

LISBOA (Reuters) - Terry Jones diz que o humor feito pelo Monty Python's Flying Circus era apenas um subproduto do verdadeiro objetivo do grupo: a subversão.

O roteirista, diretor e ator de 64 anos disse à Reuters em Lisboa, antes da estréia mundial de seu novo musical, "Evil Machines", que ainda está surpreso com a popularidade da série de shows de TV e filmes do Monty Python.

Reuters
O humorista britânico Terry Jones, que está lançando o musical "Evil Machines"
"Acho que uma razão disso é que nós, com o Python, escrevíamos apenas para nós seis mesmos", disse ele. "Nossa mensagem era: não acredite em nada que as pessoas dizem."

Jones, que co-escreveu e atuou no seriado de TV britânico no final dos anos 1960 e início dos 1970 ao lado de Michael Palin, Terry Gilliam, John Cleese, Graham Chapman e Eric Idle, disse que o humor absurdo do grupo jamais seria tolerado pelos programadores de televisão de hoje.

"Seria impossível fazer aquilo hoje. É preciso realmente satisfazer as necessidades das emissoras hoje, e elas fazem pesquisas com o público antes de encomendar programas", explicou.

Jones, cujos muitos personagens malucos incluem os que representou em "A Vida de Brian" e "O Sentido da Vida", disse que não se enxerga como comediante e que odiaria fazer humor.

"Não sou tão engraçado assim. Mas gosto de rir."

O nome original do grupo, "Bun, Whackett, Buzzard, Stubble and Boot", foi rejeitado pela BBC, que pediu a Jones e seus amigos que criassem um nome que fosse mais fácil de ser lembrado pelos espectadores.

"Passamos um tempão discutindo nomes", contou ele, revelando que outras propostas incluíram "A Horse, a Spoon and A Basin" (Um cavalo, uma colher e uma bacia), até o grupo finalmente se decidir por Monty Python's Flying Circus.

Jones passou por uma cirurgia recente de câncer do cólon, mas disse que agora está muito bem.

"Infelizmente, meu problema de saúde não é grave o bastante para vender muitos jornais, e o prognóstico é ainda mais decepcionante", disse ele em mensagem em seu site, www.terry-jones.net.

Não apenas sua saúde está melhorando, como ele pretende continuar a escrever, dirigir e atuar enquanto puder.

"Espero nunca me aposentar. Espero poder morrer atrelado."

sexta-feira, janeiro 11, 2008

"Peço que você seja o mais piedoso que um homem pode ser"

Jones se aposentou das competições no ano passado, depois de ter admitido o uso de substâncias ilegais em sua preparação rumo às Olimpíadas de Sydney-2000 e após essa competição. A confissão a levou a uma suspensão, seguida pela aposentadoria, e à retirada das cinco medalhas que conquistou naqueles Jogos.

Ela apelou ao juiz que não a separasse de seus dois filhos, "mesmo que por um curto período", mas o pedido não foi atendido. "Peço que você seja o mais piedoso que um homem pode ser", afirmou a norte-americana, que chorou ao ouvir sua sentença.

A punição é mais um revés de impacto para a mulher que já foi considerada a melhor esportista do mundo, especialmente quando conquistou três ouros e dois bronzes nas Olimpíadas de Sydney. No auge, chegou a receber milhões de dólares em contratos de publicidade. Hoje, está quebrada financeiramente.

Jones estava ligada com o escândalo dos laboratórios Balco, que produziam substâncias dopantes que não eram detectadas em exames. As investigações federais surgiram a partir desse caso. Ex-recordista mundial dos 100 metros rasos, e antigo namorado de Jones, Tim Montgomery e o agora recordista em número de home runs do beisebol americano, Barry Bonds, também estão ligados ao Balco.

Em outubro do ano passado, a norte-americana afirmou a um juiz que ela mentiu quando em inquérito em 2003, quando negou que havia consumido substâncias para melhoria em seu desempenho nas pistas.

Jones esperava evitar a prisão com seu gesto. Recebeu, porém, do juiz Kenneth Karas - a pena máxima requerida no acordo que fez com a promotoria. Karas argumentou que a reclusão era necessária "para promover o respeito à lei".

Jesus and Mary Chain apresenta músicas novas na Internet

Da Redação
Fernando Kaida/UOL

O grupo escocês The Jesus and Mary Chain postou versões demo de três músicas novas em sua página no site MySpace. "War On Peace", "Cookies" e "Boiling Over" são o primeiro material apresentado pela banda desde o lançamento do álbum "Munki", de 1998.

Formada em 1984 e separada em 1999, o Jesus and Mary Chain se reuniu no começo de 2007. A primeira grande apresentação da banda reformulada foi no festival Coachella, em 27 de abril. Na ocasião, os músicos tocaram uma canção nova, ainda sem título na época. O grupo dos irmãos Jim e Williams Reid também se apresentou em cidades européias nos meses seguintes.

A banda volta aos palcos em março, quando fará dois shows no Roundhouse, em Londres.

Até o momento não foi divulgado se as canções novas farão parte de um disco novo do grupo.

Suposto sexismo na campanha faz crescer apoio do eleitorado feminino a Hillary Clinton

Jodi Kantor

Se a disputa eleitoral já não dizia respeito ao sexo do candidato, agora certamente diz.

A senadora Hillary Rodham Clinton está fazendo campanha para tornar-se presidente há quase um ano. Mas na semana passada, as mulheres em Iowa rejeitaram-na, poucos dias antes de as mulheres em New Hampshire a terem apoiado. Em todo o país, telespectadores escrutinam a cobertura televisiva em busca de sinais de chauvinismo na campanha, e muitos dizem ter descoberto exemplos alarmantes.

Até mesmo mulheres democratas sem nenhuma intenção em votar em Hillary Clinton viram-se arrastadas para a polêmica, e ficaram abaladas por aquilo que por um breve momento deu a impressão de ser um fim humilhante para a mais promissora candidatura feminina na história norte-americana.


Hillary Clinton conversa com uma eleitora durante campanha em New Hampshire
O processo parece ter modificado algumas cabeças.

"Fiquei realmente triste com a possibilidade de a campanha dela ter de fato terminado", diz Amy Rees, uma dona de casa de São Francisco que votará na eleição primária democrata da Califórnia em fevereiro de 2005. "Fiquei pensando se a verdade não seria que uma mulher - até mesmo uma mulher com preparo e inteligência inquestionáveis como ela - não é capaz de obter uma vitória sequer em uma prévia. Isso realmente doeu".

Rees preferia o senador Barack Obama; agora ela está pensando em votar em Hillary Clinton.

Até algumas semanas atrás, Hillary Clinton estava longe de dar a impressão de ser uma pessoa que necessitasse de defesa - contra o sexismo ou qualquer outra coisa. Ela era a favorita para conquistar a vaga de candidata à presidência pelo Partido Democrata. E ela é uma Clinton. E como ex-primeira-dama, Hillary Clinton constitui-se em um teste complicado do sucesso feminino.

Ao perder a primeira disputa presidencial, Hillary Clinton pode ter tido sucesso no sentido de fazer com que um número maior de mulheres a veja como ela própria se apresenta: não como uma figura dominante de poder, e sim como uma mulher que tenta romper aquilo que ela chama de "o mais elevado e duro teto para o avanço profissional" nos Estados Unidos.

"Eu de fato quero que Hillary Rodham Clinton assuma a Casa Branca, mas até a sua derrota em Iowa eu não tinha percebido o quanto desejava isso, ou até que ponto isso estava vinculado ao fato de ela ser mulher", diz Allison Smith-Estelle, 37, diretora do programa contra violência doméstica em Red Lodge, em Montana.

Segundo dezenas de mulheres de Estados nos quais serão realizadas eleições primárias, o que as incomodou tanto quanto o resultado em Iowa foi a reação alegre que se seguiu à derrota de Hillary Clinton e aqueles que pareceram ter sido golpes baixos desfechados nos momentos finais que antecederam a votação em New Hampshire.

Michelle Six, 36, advogada e eleitora de John Edwards em Los Angeles, ficou horrorizada ao ouvir Obama afirmar que Clinton é "suficientemente agradável" durante um debate democrata no sábado. Six diz ter achado a afirmação arrogante, e um eco de outras afirmações cruéis feitas sobre mulheres no decorrer dos anos.

Ela diz que a questão da agradabilidade, inicialmente levantada por um moderador, "não teria vindo à tona se ela não fosse mulher".

Six diz ter ouvido no trabalho colegas do sexo masculino zombando de Hillary Clinton devido ao fato de a candidata ter ficado com os olhos marejados e a voz embargada durante um episódio da campanha em New Hampshire. "Ela acabou", disse um dos homens, gargalhando.

"Com aquilo, Hillary Clinton pode ter conquistado o meu voto", afirma Six. "Eu não sei se antes daquele episódio eu tinha uma consciência elevada em relação ao sexo dos candidatos em uma disputa eleitoral", disse ela.

Em New Hampshire, dois desordeiros gritaram para Hillary Clinton que a candidata deveria passar a roupa deles - algo que enfureceu diversas eleitoras depois que o incidente foi amplamente divulgado. E Hillary é a única candidata cujo tom de voz é alvo de reclamações dos seus críticos.

Para muitas mulheres, esses momentos são profundamente pessoais, porque eles fazem com que elas se lembrem de desprezos acumulados. Embora Sarah Kreps, 31, que está se mudando para Nova York, tenha dito que votará em Obama, o fato de ter visto o debate de Hillary Clinton a fez lembrar do período em que serviu na Força Aérea, e do desconforto por ser a única mulher em meio a um grupo de homens. As críticas à voz de Hillary Clinton fizeram com que Kreps se recordasse de quando o seu patrão apertou o botão de supressão do volume durante uma conferência para dizer a ela que a sua voz era muito aguda.

Agora que Clinton passou de uma liderança sólida para um empate com Obama na mais recente pesquisa nacional Gallup de opinião, algumas eleitoras estão reavaliando incidentes que atualmente são vistos com suspeita: o debate no qual Edwards mencionou o casaco brilhante que Hillary Clinton usava, ou aquele no qual perguntaram à candidata se ela preferia diamantes ou pérolas.

Outras mulheres mencionaram como ficaram chocadas ao constatar a maneira como a única candidata do sexo feminino é vista por alguns eleitores. Para Jody Cohen, 31, uma recrutadora do Condado de Orange, na Califórnia, isso ocorreu quando um parente lhe disse que admira Bill Clinton, mas que não votaria na mulher dele porque esta continuou com o marido após o escândalo Monica Lewinsky.

Priya Chaudhry, 31, uma advogada em Nova York e eleitora de Hillary Clinton, concorda. "Eles punem a mulher que ficou do lado de Bill Clinton, mas perdoam o próprio adúltero?", questiona Chaudhry. Ela acrescenta que ouviu a mesma crítica à Hillary Clinton diversas vezes.

Algumas mulheres dizem que o momento de lágrimas de Hillary Clinton, que muitas delas disseram ter sido comovente, pareceu desnortear os seus maridos, filhos e colegas do sexo masculino.

"Provavelmente não existe nenhuma mulher acima dos 40 anos que não tenha se encontrado em uma situação similar, na qual o seu desempenho no trabalho é questionado ou contestado, e que não tenha ficado com os olhos marejados", diz Lisa Goff, 48, escritora freelance em Charlottesville, no Estado de Virgínia. "Hillary lidou com aquele momento da maneira com que todas nós esperamos lidar, permanecendo articulada e não caindo em uma crise de choro".

Porém, as mulheres mais jovens podem ver Hillary Clinton de uma maneira diferente. Em Iowa e em New Hampshire, as mulheres democratas dividiram-se em dois grupos de acordo com a faixa etária. As mais velhas votaram preponderantemente em Hillary Clinton, enquanto as mais novas preferiram Obama.

Em entrevistas, algumas mulheres democratas de mais de 40 anos, que disseram ter sofrido discriminações sexistas na escola e no ambiente de trabalho, deram a impressão de ansiar pela eleição de uma presidente do sexo feminino - elas afirmaram que Hillary Clinton ocuparia esse papel de maneira perfeita -, algo que elas considerariam um grande momento de validação para as mulheres. Mas as mulheres mais novas, que cresceram em um mundo de maior igualdade, parecem menos propensas a permitir que o sexo do candidato influencie o seu voto.

Em certos casos, esta divisão pode ser presenciada dentro de famílias. Myra Dinnerstein, 73, uma ex-professora de estudos sobre mulheres da Universidade do Arizona, diz que os infortúnios de Hillary Clinton a entristeceram e enfureceram. "Eu dizia aos meus alunos que não viveria para ver uma mulher presidente, e agora que existe uma chance de ouro para que isto aconteça, estamos deixando a oportunidade escapar", diz Dinnerstein.

Poucas horas depois, após receber a notícia da vitória de Hillary Clinton na primária em New Hampshire, ela enviou um e-mail comemorativo: "Viva! Creio que as mulheres ficaram tão bravas quanto eu ao verem Hillary ser desrespeitada. Acho que elas perceberam que 'a questão do gênero' existe de fato".

A filha de Dinnerstein, Julie Dinnerstein, 39, que trabalha para uma organização feminista não governamental em Nova York, diz que votará em Obama na prévia de 5 de fevereiro. "As lutas da senadora Clinton não são as minhas e tampouco as da minha geração de mulheres", afirma a Dinnerstein mais nova. "A idéia de uma mulher tornar-se presidente simplesmente não me parece tão poderosa ou revolucionária quanto é para as feministas da geração da minha mãe".

Mas, se Hillary Clinton perder a vaga de candidata pelo Partido Democrata, a Dinnerstein mais nova ficará chateada?

Sim, admite ela. "Mas só porque isso aborrecerá a minha mãe".

Juiz proíbe mídia de citar agressores de prostituta

Entidades repudiam censura a jornais e TVs do Rio

SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO


O juiz Joaquim Domingos de Almeida Neto, do 9º Juizado Especial Criminal, proibiu dez veículos de comunicação de exibir imagens e citar os nomes de três estudantes condenados por agressão a uma prostituta em novembro passado no Rio.
As entidades que representam veículos de comunicação repudiaram o veto e defenderam ações judiciais contra ele.
Três estudantes de classe média (Fernando Mattos Roiz Júnior, 19, Luciano Filgueiras da Silva Monteiro, 21, e um menor) agrediram prostitutas e travestis com um extintor de incêndio roubado na Barra da Tijuca dois meses atrás.
Eles foram presos, e o juiz Almeida Neto condenou os dois universitários (Fernando e Luciano) a prestar oito horas semanais de serviços à companhia de limpeza urbana do Rio por um ano -os dois recolhem lixo e ajudam a limpar pichações em postes e muros.
A ação contra os meios de comunicação foi proposta pelo Ministério Público do Estado a pedido dos advogados dos universitários, Leonardo Siqueira e Bruno de Oliveira. ""Eles já estão cumprindo a pena e estavam sofrendo represálias na rua por causa das cenas exibidas nos jornais", disse Siqueira.
O juiz proibiu os veículos de mencionar os estudantes em reportagens, inclusive via internet. Caso a decisão seja descumprida, o juiz estabelece na sentença multa de R$ 10 mil.
Segundo a decisão (tomada em 22 de novembro, mas só informada anteontem), os ""principais veículos de comunicação locais [redes de TV Globo, TVE, Bandeirantes, CNT, Record, Rede TV] e jornais de grande circulação ["O Globo", "Jornal do Brasil", "Extra", "O Dia"]" terão que se abster ""de veicular imagem dos autores do fato".
A ANJ (Associação Nacional de Jornais), a Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão) e a ABI (Associação Brasileira de Imprensa) protestaram contra a decisão. Segundo a ANJ, o juiz ""praticou censura prévia e afrontou a Constituição": ""Não cabe a ninguém decidir qual informação deve chegar aos cidadãos". A ANJ recomenda que os veículos de comunicação recorram da proibição, para que o Judiciário restabeleça o princípio da liberdade de expressão.
A Abert repudiou a decisão e disse ter ""confiança no Poder Judiciário como guardião dos princípios da liberdade de imprensa". A ABI declarou que a decisão ""ofende à Constituição, ignorando a disposição mencionada, e devolve o país aos tempos do autoritarismo".

Madeireiras disputam 1ª concessão de áreas de floresta na Amazônia


Carolina Juliano
Em São Paulo


Oito concessionárias encabeçadas, na maioria, por madeireiras entraram na disputa pela Concessão Florestal da Floresta Nacional Jamari, em Rondônia. Uma área de 96 mil hectares de floresta é a primeira da Amazônia a ser licitada com amparo da Lei de Gestão das Florestas Públicas, que concede a empresas privadas o direito de exploração de áreas da floresta amazônica por períodos de até 40 anos. A área licitada da Jamari equivale, por exemplo, a mais de duas áreas da cidade de Curitiba, no Paraná (ou 53.333 campos de futebol).

Criada pelo governo Lula com a finalidade de evitar a grilagem de terras da Amazônia e promover um desenvolvimento sustentável da floresta, a lei permite que concessionárias explorem áreas - pré-determinadas pelo Ibama como "áreas de manejo" -, extraiam produtos da terra e comercializem. As empresas vencedoras também podem explorar a região com serviços, como o ecoturismo, mas sempre obedecendo a regras de preservação da floresta, além de normas para atualização de preços de produtos e serviços explorados.


Prazo de Contrato: até 40 anos
Alex Madeira Ltda., Amata SA, Civarro Agropecuária, Engenharia e Comércio Ltda., Con & Sea Ltda., Construção e Incorporação Kabajá Ltda., Porta Júnior Construções Ltda., Sakura Indústria e Comércio de Madeiras Ltda. e Zn Indústria, Comércio e Exportação de Madeiras Ltda. ME já apresentaram as suas propostas ao Serviço Florestal Brasileiro (SFB) na última quarta-feira e serão agora avaliadas para saber se estão habilitadas a concorrerem à concessão. Os projetos serão analisados pelo SFB a partir da próxima semana.

A Lei de Gestão das Florestas Públicas foi criada a partir do PL 4776/2005 pelo governo federal e aprovada pelo Congresso Nacional no ano passado. Ela regulamenta a gestão de florestas públicas (matas naturais ou plantadas em terras da União). Além de criar o Serviço Florestal Brasileiro e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF), a lei permite concessões florestais pagas, baseadas em processo de licitação pública.

Do total de 193,8 milhões de hectares de florestas públicas federais, 43 milhões de hectares são considerados legalmente passíveis de concessão. Destes, o Plano Anual de Outorga Florestal (PAOF), criado pela mesma lei, considerou passíveis das primeiras concessões as florestas públicas inseridas numa área de 11,7 milhões de hectares (6% do total). (veja infográfico)

Primeira área licitada
A Floresta Nacional Jamari foi determinada pelo governo como a primeira área a ser licitada. Dos seus 220 mil hectares, 96 mil foram divididos em três glebas (11 mil ha; 33 mil ha; 46 mil ha) e serão disputados pelas concessionárias concorrentes.

A área está localizada no Estado de Rondônia nos municípios de Candeias do Jamari, Itapuã do Oeste e Cujubim. Os objetos a serem explorados na região são produtos da floresta, como madeira, frutos e sementes, e serviços, como o ecoturismo. As concessionárias vencedoras assinarão um contrato que poderá ir de cinco a 40 anos.

"Vai depender única e exclusivamente do governo o sucesso dessa concessão", diz Roberto Smeraldi, diretor da Organização Amigos da Terra - Amazônia Brasileira. "A lei tem vários problemas e limitações, mas é inquestionável que é preciso estabelecer concessões na Amazônia."

"Agora o governo vai ter pequenas áreas para cuidar. Terá o nome, endereço e telefone do responsável pela área. Não há mais desculpa para não fiscalizar, a tolerância vai ser zero", diz Sérgio Leitão, do Greenpeace.

O MANEJO FLORESTAL
De acordo com a lei, as concessões não implicam em qualquer direito de domínio ou posse sobre as áreas manejadas. As concessionárias vencedoras terão o direito de explorar os produtos da floresta e cada contrato estabelecerá regras para a utilização da área e também regras para atualização de preços de produtos e serviços explorados.

Durante o período em que irá explorar a região, a concessionária será fiscalizada pelo Ibama e pelo Serviço Florestal Brasileiro. Além disso, será obrigatória uma auditoria independente, pelo menos uma vez a cada três anos

O monitoramento das áreas licitadas ficará a cargo do Ibama e do Instituto Chico Mendes. O Serviço Florestal será responsável pela fiscalização das concessões e irá apurar se as concessionárias estão obedecendo às determinações previstas na lei.

Mas o SFB irá disponibilizar também para a fiscalização, entre outras ferramentas, o sistema Detex que permite detectar a exploração florestal por sensoriamento remoto (por meio de satélites). A estrutura de fiscalização de cada uma das áreas será definida após a definição dos vencedeores das concessões.

Os recursos da concessão
Cada uma das concessionárias irá pagar uma quantia anual ao governo federal pelo uso dos recursos florestais. Esses recursos serão distribuídos da seguinte forma: até 30% serão destinados à manutenção do sistema de gestão, pelo Serviço Florestal e Ibama (para realizar atividades de monitoramento e controle das áreas licitadas). Os outros 70% serão distribuídos: 20% ao Estado onde a área está localizada; 20% aos municípios; 40% ao Instituto Chico Mendes e 20% ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal.

Manejo florestal
Manejo florestal é um conjunto de práticas de administração dos recursos florestais que visam a produção de produtos madeireiros ou não madeireiros (frutos, sementes, óleos) conservando a floresta em pé.

O Ministério do Meio Ambiente justificou a criação da Lei de Gestão das Florestas Públicas como uma tentativa de ordenar o acesso a recursos florestais que existem nas terras da União. As gestões das florestas públicas terão como princípio, de acordo com a lei, a conservação de ecossistemas, da biodiversidade, solo e recursos aquáticos.

Na avaliação do grupo ambientalista Greenpeace, a lei significa, na prática, um reconhecimento, pelo governo federal, de que o "destino manifesto" da Amazônia é a conservação e o uso sustentável dos recursos da "floresta em pé".

O Greenpeace do Brasil apoiou o projeto da gestão de florestas públicas porque entende que é a única forma do governo federal controlar a exploração de terras na Amazônia e acabar com a grilagem. "Cerca de 75% das terras da Amazônia são públicas e não há nenhum controle sobre elas", diz Sérgio Leitão, diretor de políticas públicas da organização. "Mas é claro que é um risco, pois a intenção é ótima, mas vamos ver a implementação como será."

"Vai depender única e exclusivamente do governo o sucesso dessa concessão", diz Roberto Smeraldi, diretor da Organização Amigos da Terra - Amazônia Brasileira. "A lei tem vários problemas e limitações, mas é inquestionável que é preciso estabelecer concessões na Amazônia porque o governo já está agindo tarde demais para arrecadar e regularizar as terras públicas."

Próximo passo
Analisadas as propostas dos oito concorrentes à concessão da Floresta Jamari, o Serviço Florestal irá divulgar quais estão realmente habilitadas a participar da licitação. Depois disso, os projetos de cada uma das empresas serão analisados.

A área da Jamari foi dividida em três glebas e cada uma só pode ser licitada a uma concessionária. O SFB estima que em meados do mês de março os vencedores sejam anunciados e os contratos, assinados.

Ainda não previsão de qual será a próxima área - dentro dos 43 milhões de hectares que são considerados legalmente passíveis de concessão peo Ibama - que será licitada.

Primeiro vôo charter entre Austrália e Antártida será realizado hoje

De Sydney (Austrália)

Pela primeira vez na história, um vôo charter ligará nesta quinta-feira a Austrália e a Antártida, graças a um avião especialmente construído para aterrissar e decolar em uma pista de gelo.

O ministro australiano do Meio Ambiente, Peter Garrett, ex-líder da banda de rock Midnight Oil, será um dos 19 passageiros que percorrerão os 3.400 quilômetros que separam Hobart --capital da Tasmânia-- da estação de Casey da Antártida.

De acordo com a imprensa local, o aparelho --um Airbus A319 com dois motores-- será utilizado apenas por cientistas e analistas, motivo pelo qual a aeronave não poderá ser usada com fins turísticos.

A pista de gelo, de quatro quilômetros e escavada em uma base de 500 metros, se encontra a 65 quilômetros de distância de Casey, onde ficam a maioria dos cientistas que visitam o continente branco.

A viagem de barco entre Hobart e Casey pelo Oceano do Sul dura cerca de duas semanas. A viagem aérea permitirá a visita de muitos cientistas que até agora não faziam o trajeto pela demora, se acordo com Michael Stoddart, diretor cientista da Divisão Antártida Australiana.

A Autoridade australiana de Segurança na Aviação Civil autorizou o vôo esta semana, após comprovar que o avião conta com combustível suficiente para realizar todo o trajeto ou retornar ao ponto inicial da viagem a qualquer momento, caso seja necessário.

sexta-feira, janeiro 04, 2008

Brasil deve priorizar acordos comerciais com grandes potências, avalia ex-embaixador

da Redação

Política externa brasileira. Como foi a atuação do Brasil no setor externo em 2007? O que podemos esperar em 2008? O UOL News convidou o ex-embaixador do Brasil em Londres e em Washington e atual presidente do Conselho Superior de Comércio Exterior da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Rubens Barbosa, para falar do assunto. Confira a seguir os principais tópicos da entrevista.

Governo Lula
Para Barbosa, este primeiro ano do segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi marcado pela continuidade da política externa iniciada em 2003, quando o presidente foi eleito pela primeira vez. "Continuaram as prioridades das negociações comerciais, as relações com os países do sul, a questão do Conselho de Segurança, a prioridade na América do Sul, Mercosul, sem maiores novidades", diz.

Líder regional
Apesar da percepção externa ser de que o Brasil é um líder regional, na opinião de Barbosa, o governo brasileiro não tem agido neste sentido e tem evitado se envolver em disputas que envolvem os países da região. Para ele, a complexidade da região tem aumentado, mas o Brasil não tem se colocado em uma posição dinâmica e de dianteira nesses conflitos, como os que vêm acontecendo na Bolívia e na Venezuela. De acordo com ele, seriam problemas que afetam o Brasil, inclusive, já que o país estuda a entrada da Venezuela no Mercosul e novos investimentos da Petrobras na Bolívia. "São problemas que afetam diretamente o Brasil. E nós estamos tendo uma posição mais de boa vontade, de afinidade ideológica, do que efetivamente de defesa dos interesses econômicos e comerciais do Brasil", fala.

Venezuela no Mercosul
Barbosa defende a entrada da Venezuela no Mercosul como algo "positivo", mas acredita que falta uma postura mais técnica na hora de avaliar essa questão. Para ele, tem-se discutido muito os aspectos políticos dessa parceria, ao invés das questões econômicas que envolvem a entrada do país no bloco. O país não cumpriu os acordos para a entrada no bloco e isso é o que devia ser levado em conta na tomada de decisão, na opinião do ex-embaixador.

Bush no Brasil
Um dos pontos altos de 2007 foi a visita do presidente dos Estados Unidos George W. Bush à América Latina, em março. Para Barbosa, a passagem do americano pelo Brasil teve como objetivo tentar reforçar a liderança do presidente Lula na região e lançar uma agenda bilateral com país, que tem estado em segundo plano por causa de outras prioridades do governo brasileiro. Se os dois países ficaram mais próximos depois dessa visita, Barbosa diz: "Do ponto de vista das relações bilaterais, avançou pouco. Como não há prioridade da parte do governo brasileiro na relação com os países desenvolvidos, União Européia e Estados Unidos, a questão comercial, por exemplo, a cooperação energética não estão avançando como deveriam avançar".

Conselho de Segurança da ONU
Uma das maiores críticas feitas pelo ex-embaixador à atual política externa brasileira é o fato de o Brasil estar muito focado em conquistar uma vaga no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). Para ele, o país está mobilizando tempo e recursos em um assunto que não está em pauta no momento. A manutenção das tropas brasileiras no Haiti (renovada neste ano e que Barbosa considera um investimento caro para o pouco retorno político que oferece ao país) e as viagens à África tem por objetivo angariar apoio para a vaga no conselho, diz o Barbosa. Ele explica que as mudanças no conselho vem no bojo da reforma da ONU que depende de um consenso entre seus membros. Para ele, tentar fazer o assunto avançar, como tem feito o Brasil, não leva a nada. Ele acredita que o país tem condições de conquistar uma vaga no conselho, mas aposta que isso só deve sair depois do governo Lula.

Comércio internacional
Para Rubens Barbosa, o Brasil está focado em demasia em conseguir uma vaga no Conselho de Segurança na ONU e, com isso, tem deixado de lado questões importantes como acordos comerciais. Para ele, o Brasil tem perdido espaço no comércio internacional ao deixar de lado negociações bilaterais com as grandes potências como os Estados Unidos, um dos maiores exportadores do mundo - espaço que tem sido cada vez mais ocupado pela China. "Não podemos deixar para segundo plano os mercados mais dinâmicos, os maiores mercados do mundo", frisa.

Rodada de Doha
O ex-embaixador critica o fato de o Brasil ter colocado todas as suas fichas na Rodada de Doha e abandonado as demais negociações comerciais. De acordo com ele, nos últimos cinco anos o país não firmou nenhum acordo importante e o crescimento da balança comercial se deve somente ao bom momento da economia mundial e das commodities. Ele se revela cético quanto ao destravamento da Rodada de Doha em 2008, "não por questões técnicas, mas por questões políticas". A proximidade das eleições presidenciais nos Estados Unidos e recentes mudanças no cenário político europeu tornaram os países bastante protecionistas e pouco propensos a negociações. Na avaliação de Barbosa, a rodada só deve ser retomada em 2009, depois da saída de Bush e já no final do mandato de Lula.

Biocombustíveis

Neste ano, o presidente Lula fez diversas viagens com o intuito de promover os biocombustíveis brasileiros no exterior. Para o ex-embaixador, essa foi uma decisão acertada. "É a primeira vez que o Brasil está chegando na linha de frente de um combustível", diz. O grande problema dessa aposta é que a produção brasileira, assim como a dos Estados Unidos, o segundo maior produtor de etanol do mundo, está voltada para o mercado interno. "Sobra muito pouco para exportação", fala. Para ele, o Brasil deve unir esforços com os Estados Unidos, como já vem fazendo, para incentivar outros países a produzirem e consumirem o etanol, para que ele possa se tornar uma commoditie e ganhar mercado. Apostar na exportação não é uma boa alternativa, uma vez que o mercado é restrito e protegido, diz o ex-embaixador.

Banco do Sul

Barbosa classifica a ata de fundação do Banco do Sul, assinada em dezembro, como "uma coisa meio surrealista". Isso porque a ata que criou o banco não diz como ele funcionará, de onde virão os recursos, quais serão as regras de operação, etc. Ele diz que espera que o Brasil, que deve ser o maior contribuinte deste banco, garanta pelo menos a presidência da entidade, "senão ficará marginalizado".

Desafios
Para Rubens Barbosa, um dos maiores desafios do Brasil em 2008 será a reestruturação de sua estratégia comercial. Para ele, o país deve priorizar acordos com grandes potencias como forma de expandir suas exportações. Outro ponto alto será a relação do Brasil com os demais países de região, como Equador, Bolívia e Venezuela, que hoje vivem situações de instabilidade interna. As eleições no Paraguai devem ser outro assunto em pauta. Todos os candidatos tem algum tipo de reivindicações no sentido de modificar o tratado de Itaipu, hidrelétrica que responde por 25% da energia do centro-sul do país. O Mercosul, que está paralisado, também deve ser assunto ao longo do ano.

'Economist' traz artigo irônico sobre igreja de Edir Macedo

A revista londrina The Economist traz na edição desta semana uma reportagem sobre a Igreja Universal do Reino de Deus em que ironiza as práticas do bispo Edir Macedo.

"Sacrificar é divino, ele diz para a congregação. Talvez seja, mas inventar um modelo de negócios genial é humano", afirma a revista.

O texto diz que a igreja de Macedo é a apenas a terceira maior entre as episcopais no Brasil, mas "a mais ambiciosa, com filiais em 172 países, um partido político (PRB) e uma rede de TV (Record)".

Mas, de acordo com a revista, o maior próposito do partido "parece ser defender os interesses da Igreja Universal contra ataques de seus poderosos inimigos, que incluem a Igreja Católica e a Globo".

Defesa


A reportagem diz que a recém-publicada biografia autorizada de Macedo - "O Bispo: A História Revelada de Edir Macedo" - é rica em informações curiosas, mas não traz novidades sobre as finanças da igreja ou sobre sua conversão do cristianismo.

O texto, porém, nota que Macedo usa o livro para se defender "com robustez" das acusações de que a igreja "explora a credulidade dos desesperados".

O título da reportagem - "Se a redenção falhar, você ainda pode usar o banheiro de graça" - foi tirado de um dos argumentos que Macedo usa no livro.

"Aqueles que não ganham nada ainda podem vir ao culto, usar o amplo salão com ar-condicionado e um banheiro limpo sem pagar", cita livremente a revista.

"Eles podem até parar de beber, de bater em suas mulheres e se unir à igreja".

Radiohead e executivo da EMI trocam acusações sobre cachê

da Folha de S.Paulo

O vocalista da banda inglesa Radiohead, Tom Yorke, reagiu "extremamente aborrecido" à divulgação feita pelo executivo de sua ex-gravadora EMI, Guy Hands, de que a banda recusou oferta do selo de 3 milhões de libras (R$ 10,5 milhões) adiantadas pelo álbum "In Rainbows" e contrapropôs um acordo que totalizava 10 milhões de libras (R$ 35 milhões).

O Radiohead lançou "In Rainbows" na internet, sem fixar um preço pelo álbum. O internauta pôde decidir quanto pagar pelo download.

Embora a banda não tenha divulgado quanto lucrou, a operação é vista como um sucesso de marketing pelo mercado fonográfico. Anteontem, o álbum passou a ser vendido em lojas.

"Lavar roupa suja em público é um comportamento bastante estranho para um executivo de uma gravadora internacional", comentou Yorke, no site da banda.

Ele negou que o Radiohead quisesse vantagens abusivas, ao pedir "uma extraordinária soma de dinheiro", conforme definiu Hands. "O que queríamos é manter algum controle sobre o nosso trabalho e sobre como ele seria usado no futuro por eles [a EMI]"

Organização confirma cancelamento do Rali Lisboa-Dakar

Das agências internacionais*
Em Paris (França)

A organização do Rali Lisboa-Dakar confirmou o cancelamento da edição 2008 da prova por falta de segurança no trecho da Mauritânia. A informação foi dada inicialmente pela France-Televisions, uma das patrocinadoras oficiais da disputa.

A recomendação do governo francês sobre a possibilidade de ataques no local, que receberia os pilotos no dia 11, motivou a decisão. A competição começaria em Portugal neste sábado.

"Depois de trocar de opiniões com o governo francês - em particular com o ministro do Exterior - e tendo em conta suas firmes recomendações, os organizadores do Dakar tomaram a decisão de anular a edição 2008 do Rali, programada para acontecer do dia 5 a 20 de janeiro entre Lisboa e a capital senegalesa", disse o comunicado oficial da organização.

"Diante da tensão política internacional e das ameaças diretas contra os pilotos, a organização não pode pensar em outra solução razoável do que anular a prova", completou o comunicado.

Esta é a primeira vez em 30 anos de história que o Rali é cancelado. A decisão, que pode colocar em dúvida a continuidade da disputa, foi minimizada pela organização. "A anulação da edição 2008 não tem interferência no futuro do Dakar. O Rali é um símbolo, e nada pode destruir os símbolos. A partir de 2009, teremos uma nova aventura a todos os apaixonados por velocidade."

"É um duro golpe, mas o bom senso prevaleceu", disse Daniel Bilalian, diretor de esportes da "France-Televisions" à emissora de rádio "Europe 1", primeiro órgão a comentar a anulação da prova na manhã desta sexta. "A ameaça na Mauritânia é bem real. Independentemente de fatores como audiência ou dinheiro, não temos como comprometer a vida dos competidores por causa de uma prova."

Na quinta-feira, a França já havia alertado os organizadores contra a realização de etapas na Mauritânia, após quatro turistas franceses terem sido mortos na véspera de Natal no país africano. Três dias depois, homens armados mataram três soldados em uma região afastada e pouco povoada ao norte do país, na fronteira com Argélia e Marrocos, no deserto do Saara.

Desde então, a França emitiu um alerta a seus cidadãos para não viajaram à Mauritânia porque "o risco de terrorismo" não pode ser descartado. O governo do país também intensificou as conversas com os organizadores do Rali, que culminaram com o cancelamento.

quinta-feira, janeiro 03, 2008

Pesquisa diz que macacos também pagam por sexo

Costuma-se dizer que a prostituição é a profissão mais antiga da história. Um novo estudo sugere que ela pode ter raízes ainda mais antigas. Pesquisadores de Cingapura descobriram que macacos usam uma espécie de afago como "moeda" para comprar uma parceira.

Ao observar 50 primatas durante 20 meses, Michael Gumert, da Universidade Tecnológica de Nanyang, descobriu que, em média, as fêmeas faziam sexo 1,5 vezes por hora. No entanto, esse índice subia para 3,5 vezes por hora depois de terem sido acariciadas por um macho.

Segundo o estudo, a mão invisível do "mercado" também agia no valor da transação. Se houvesse muitas fêmeas na área, o custo do sexo caía automaticamente - um macho podia comprar uma fêmea com apenas oito minutos grooming, expressão em inglês dada às carícias. No entanto, se não houvesse muitas fêmas no local, o tempo subia para 16 minutos.

A pesquisa sustenta a hipótese que a mão invisível do mercado biológico pode explicar o comportamento social. "Há uma bem conhecida mistura entre a capacidade econômica e a probabilidade de ter relações sexuais", disse Ronald Noe, da Universidade de Strasbourg, na França, à AFP.